Da Eco-92 à COP26: a história da Klabin na sustentabilidade

Tiago Jokura | 18 nov 2021 Serra da Farofa - Klabin
A Klabin está intimamente envolvida com as conferências do clima desde 1992, na cúpula realizada no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)
Tiago Jokura | 18 nov 2021

O compromisso da Klabin com a sustentabilidade e a preservação ambiental, reconhecido nacional e internacionalmente, rendeu à empresa o convite para integrar o COP26 Business Leaders, grupo responsável por difundir a relevância do combate às mudanças climáticas e por engajar o setor privado nessa agenda. A companhia é a única latino-americana integrante do grupo, liderado pelo presidente da 26ª Conferência das Partes (COP26), Alok Sharma.

O que pouca gente sabe é que a Klabin está intimamente envolvida com conferências climáticas globais desde o século passado. No início dos anos 1990, na conferência ecológica mundial realizada no Rio de Janeiro, a Eco-92, o vice-presidente da Conferência foi o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, atual membro do Conselho de Administração da empresa. Além disso, Israel Klabin, ex-presidente da companhia e também membro do conselho, presidiu o comitê nacional de organização da Eco-92.

Do Rio até Glasgow, foram quase 30 anos de muitos desafios e avanços na preservação ambiental. Atualmente, a empresa concilia o status de maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e embalagens de papel do Brasil com o reconhecimento nacional e internacional por sua gestão pautada pelo desenvolvimento sustentável.

Dentre os frutos mais recentes desse compromisso ambiental, está a criação, junto à Rede Brasil do Pacto Global da ONU, da campanha ImPacto NetZero, que convida empresas e sociedade a aderirem à economia de baixo carbono pela redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) com base na ciência.

Alinhada a esses objetivos, a Klabin implementou inúmeras iniciativas de descarbonização de seus processos produtivos e reduziu em 64% suas emissões específicas (CO2 eq/t produto) nos últimos 16 anos. 

Atualmente, o balanço de emissões da companhia é positivo: os 578 mil hectares de florestas mantidas pela empresa capturam mais GEEs do que os emitidos pelas suas operações. Entre emissões e captações, a Klabin mantém um saldo positivo de 4,5 milhões de toneladas de carbono equivalente anualmente. 

Mas voltemos à Conferência do Clima em Glasgow…

Klabin na COP26

Representada pelo CEO Cristiano Teixeira e pelo diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos, Francisco Razzolini, a Klabin esteve envolvida em diversos debates na 26ª Conferência das Partes (COP26), realizada este mês [novembro de 2021] em Glasgow, Escócia.

Como exemplos de atividades da Klabin durante a COP26, Teixeira – escolhido em 2021 como “biopersonalidade do ano” no Fórum Mundial de Bioeconomia – fez parte do painel “O setor de base florestal e seu papel na bioeconomia”, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente brasileiro, e comentou:

“O setor de florestas plantadas, responsável por uma extensa área de florestas conservadas, pode ajudar o Brasil estocando carbono, ou seja, ajudando a capturar mais GEE na atmosfera. Ele também é responsável pela manutenção da biodiversidade, incentivo da economia circular e respeito social com as comunidades, gerando emprego e renda.”

Sobre o painel “O futuro da Amazônia: conciliando produção agropecuária e conservação da floresta”, oferecido pela Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Teixeira comentou:

“Sei o quanto a Amazônia é importante, mas ainda é um tema que está constrangendo o Brasil na questão do desmatamento ilegal. Todo cidadão brasileiro deveria entender isso e a importância da preservação. Nenhuma árvore nativa deveria ser desmatada.”

Razzolini, por sua vez, participou do painel “Metas baseadas na ciência e indústria”, promovido pela Iniciativa Empresarial para o Clima (IEC), pelo IPAM e pela Rede C40. O diretor apresentou os esforços bem sucedidos da Klabin em estabelecer metas ambientais com base na ciência, mencionando o início do trabalho da empresa com a redução de emissões de carbono, em 2003, a partir da elaboração de um inventário. 

Desde então, a empresa tem atuado para reduzir de forma constante as emissões ao mesmo tempo que investe e incorpora novas tecnologias para ampliar sua matriz energética de fonte renovável. Sobre isso, Razzolini comentou:

“Hoje, 90% da energia que utilizamos é de base renovável, e até 2024 chegaremos a 92%.” 

O foco na ciência para combater as mudanças climáticas trouxe boas notícias para a empresa em 2021: em maio, a Klabin teve suas metas de redução de emissões de GEEs aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi), iniciativa que oferece métodos e ferramentas para que empresas de diferentes portes estabeleçam metas de redução de emissões.

A SBTi conta com o compromisso de mais de 2.100 empresas na redução de suas emissões com base na ciência. Atuando em dois escopos (1. emissões próprias e 2. emissões em energia comprada), a meta aprovada da Klabin estabelece a redução das emissões de GEEs por tonelada de celulose, papéis e embalagens em 25% até 2025, e em 49% até 2035, tendo 2019 como ano-base.

Raízes ambientais profundas

A Klabin foi pioneira na adoção do manejo florestal em forma de mosaico. Hoje, 43% da base florestal da Companhia é destinada à conservação. Assim, as práticas produtivas, além de livres de desmatamento, permitem a recuperação de áreas degradadas e a preservação da biodiversidade – mais de 1.300 espécies de plantas e 764 espécies de animais já foram catalogadas nessas áreas. 

klabin floresta telêmaco borba
Floresta em mosaico mantida pela Klabin em Telêmaco Borba (PR). (Foto: Divulgação)

Nesse tipo de manejo, a Klabin mescla vastas áreas de florestas nativas preservadas com florestas plantadas, de pínus e de eucalipto, em diferentes idades. Isso ajuda na proteção dos recursos naturais, como a água, o ar e o solo, melhora o potencial de produção das florestas e mantém importantes corredores de biodiversidade, essenciais para a conservação da fauna e da flora, que favorecem a circulação de centenas de espécies de animais silvestres.

Além de todos esses benefícios ambientais, os mosaicos de mata nativa com floresta plantada oferecem ao ecossistema importante resiliência em termos de mudanças climáticas e ocorrência de pragas.

Histórico sustentável

1992

A Eco-92, conferência mundial do clima realizada no Rio de Janeiro, tem atuais membros do conselho de administração da Klabin como protagonistas na organização do evento: Celso Lafer, como vice-presidente da conferência, e Israel Klabin, presidindo o comitê nacional de organização da Eco-92.

1998

Graças ao manejo florestal sustentável, às ações de preservação ambiental e à responsabilidade social, a Klabin recebeu a cobiçada certificação do Forest Stewardship Council (FSC®). No ano seguinte, foi a vez do manejo de plantas medicinais e, em 2001, da cadeia de custódia dos produtos florestais não madeireiros.

2003 

Klabin se torna signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).

Parque Ecológico mantido pela Klabin em Telêmaco Borba (PR). (Foto: Divulgação)

2014

Klabin é listada no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE).

2016 

Klabin adere voluntariamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

2019

• Klabin adere ao movimento Business Ambition for 1.5°C – Our Only Future, comprometendo-se a seguir com ações que limitem o aumento da temperatura global a 1,5°C, assumindo, algum tempo depois, o compromisso de se tornar Net Zero.

• Inauguração do Centro de Interpretação da Natureza, em área prioritária de conservação ambiental em Santa Catarina.

2020

• A Klabin passa a fazer parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) nas carteiras “World” e “Emerging Markets”, que referenciam as empresas líderes mundiais em desempenho econômico, práticas de governança e atuação socioambiental. Em 2021, a participação no DJSI foi renovada, e a empresa mais uma vez integra as duas carteiras.

• Lançamento dos Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável (KODS), conjunto de metas de curto, médio e longo prazos, alinhadas à agenda 2030 da ONU, que priorizam as necessidades ambientais, sociais e de governança (ESG) fundamentais para o desenvolvimento de seus negócios e para as urgências da sociedade e do planeta.

• A Klabin adere à Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês), que recomenda a inclusão, em projetos e relatórios financeiros, de riscos e oportunidades relacionados ao clima.

2021

Klabin tem suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa aprovadas pela iniciativa SBTi, que conta com o compromisso de mais de 2.100 empresas na redução de suas emissões com base na ciência. 

• Klabin é incluída no Sustainability Yearbook 2021 da S&P Global, responsável pelas avaliações ESG dos Índices Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), figurando entre as mais sustentáveis ​​do setor de embalagens de papel.

Para saber mais sobre net zero e estabelecer metas sustentáveis apoiadas na ciência – seja para seu negócio, seja para a sua vida –, conheça o ImPacto NetZero.


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