“O que funciona na nossa casa pode funcionar na sua”. Assim a Intelbras mostra, em sua usina, os painéis solares que produz

Mariana Sgarioni | 12 ago 2022 Mariana Sgarioni | 12 ago 2022

“Todo mundo tem um telhado em casa. Decidimos, então, mostrar como usamos o nosso”.

Com essa brincadeira, Guilherme Costa, gerente executivo da Unidade de Energia Solar da Intelbras, começa explicando a instalação de mais de 4 mil módulos fotovoltáicos na usina da empresa em São José (SC). Todos os painéis, assim como as soluções tecnológicas aplicadas, são desenvolvidas – e vendidas – pela própria Intelbras. A ideia é mostrar dentro de casa de que forma os produtos sustentáveis que a empresa fabrica funcionam.

“Se a gente acredita na solução, temos que colocar para rodar aqui dentro. Os clientes precisam ver que funciona, que é sustentável, e que economiza. Um dos principais objetivo era, ao ter a experiência na Intelbras, conseguir abater nosso consumo. E, atualmente, a energia solar abate cerca de 25% do consumo da fábrica, utilizando todo o telhado que tínhamos”.

A Intelbras é uma empresa que tem mais de 46 anos no mercado e ficou conhecida por suas soluções em segurança, comunicação e energia. Há cerca de três anos, decidiu inovar e investir em energia solar. “Por que? Ora, falando dos negócios: a energia solar é limpa, silenciosa, não poluente, o Brasil é um ambiente com um potencial enorme, pouco explorado. Enxergamos a necessidade de oferecer produtos de longa eficiência com garantia extensa. Nosso sistema tem uma media de payback de 3 anos e meio a 5 anos e meio. E energia é algo que a gente consome pro resto da vida”, explicou Costa.

ECONOMIA NA CONTA

Os módulos fotovoltáicos instalados na usina da Intelbras têm hoje capacidade para produzir cerca de 1.700 MWh de energia elétrica ao ano, suficientes para abastecer cerca de 750 casas populares durante o mesmo período. Neste ano, a empresa ainda prevê um aumento desta obra. “Na fábrica, a economia na conta de luz chega a 25%. Em casa, este abatimento pode chegar a 95%”, completou Adilson Brunel Modolon, analista de aplicação da unidade de Energia Solar e responsável pela obra na usina.

Não há dúvidas, portanto, que a energia solar represente um corte drástico nas despesas no fim do mês. Entretanto, o que mais pode levar uma empresa a investir neste segmento?

“O produto não só economiza recursos, mas também ajuda a humanidade. Este é um mote que me faz levantar para trabalhar todos os dias. Isso me motiva a pensar em novos produtos, novos projetos relacionados a levar a energia para mais pessoas. O sol é inesgotável. Se a gente pensa num futuro da humanidade, dos nossos filhos, temos que achar formas de conseguir uma energia que ajude a gente a estar aqui mais tempo”.

Costa apontou ainda projetos em que está envolvido na Intelbras que oferecem energia solar para para áreas remotas, sem acesso à rede elétrica. “Entramos no setor de energia solar para atender a diversos públicos, incluindo a comunidade que não tem acesso. Não existe isso de energia solar ser uma tecnologia cara, e só servir para quem é rico. Sabemos que grande parte da população não tem recursos e é a que mais precisa reduzir a conta de luz. Temos alguns projetos rodando, voltados a comunidades ribeirinhas, por exemplo”, lembrou.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Há dois fatos incontestáveis quando falamos em energia: 1. o mundo consome cada vez mais energia. 2. as fontes energia são escassas.

Para discutir este assunto, a partir de setembro, aqui, em NetZero, você poderá acompanhar uma série especial de reportagens sobre transição energética. Energia solar, eólica, usinas hidrelétricas, energia de baixo carbono, energia limpa, fontes renováveis e muito mais. Como entender estes conceitos – e de que forma as empresas podem (e devem) fazer parte de tudo isso. Não perca.



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