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O mundo está de olho na indústria de alimentos nesta COP 27. O setor precisa dar respostas não apenas para o combate à fome no mundo como também para o desperdício. Dados das Nações Unidas apontam que 17% do que é produzido se perde entre a colheita e as prateleiras dos supermercados e armazéns. E a perda de alimentos eleva emissões de gases que causam aquecimento global: a média de emissões geradas por esta perda é de 7% do total dos gases que causam o efeito estufa e ocupam quase 30% da terra agricultável usada para produzir os alimentos, que acabam nunca sendo consumidos.
No primeiro dia da maior conferência mundial do planeta sobre mudanças climáticas, 14 gigantes da indústria alimentícia decidiram apresentar um “roadmap” para mostrar de que forma pretendem reduzir as emissões decorrentes de mudança do uso da terra em suas operações. O Roteiro do Setor Agrícola 1,5°C, divulgado na COP27 no Egito, é encabeçado pelas seguintes empresas: ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, COFCO International, Golden Agri-Resources, JBS, Louis Dreyfus Company, Marfrig, Musim Mas, Olam International, Olam Food Ingredients (OFI), Viterra e Wilmar International.
No documento, constam compromissos como remover a perda florestal, medir e publicar emissões periodicamente, e incentivar o uso sustentável da terra.
Os CEOs das empresas globais haviam se comprometido há um ano, durante a COP26 em Glasgow, a desenvolver esse roteiro compartilhado, se concentrando nos setores de óleo de palma, soja e pecuária, e prometendo proteger também os sistemas alimentares globais e os meios de subsistência dos produtores.
A diretora global de sustentabilidade da Natura analisa as discussões da COP 27: quais foram os pontos de tensão e, enfim, o que todo mundo quer saber: será que desta vez as implementações sairão do papel?
Direto da COP 27, o head de Sustentabilidade e Gestão de Riscos da empresa fala sobre a necessidade de uma legislação sobre o mercado de carbono e o protagonismo do setor na maior conferência climática do planeta.